Editada ou não editada?

Editada ou não editada?

Nos dias atuais com o avanço da tecnologia, muitos equipamentos acabaram sofrendo uma enorme evolução, dois bons exemplos são as câmeras fotográficas e celulares, que permite você registrar um momento ou acontecimento e publicar nas redes sociais em poucos segundos.

Com esse avanço das redes sociais que estão mais presentes a cada dia mais e mais na vida das pessoas, surgiu também a necessidade de efetuar correções em algumas imagens. Mas existe um limite para o tratamento de imagens? Ou até onde eu posso editar uma imagem?

Mas eu já vou dizem que eu sou sim, a favor o tratamento de imagem, mas com o uso dos seus limites.

A Realidade

A primeira questão é: uma fotografia, ela deve mostrar a realidade? Eu no meu pensamento vejo a fotografia como uma arte gráfica, como o design gráfico, ilustração, cinema e entre outros. Desta forma devemos interpretar o contexto que a imagem produzida irá ser utilizada.

Vamos tratar a fotografia automotiva como ponto de partida, se a proposta das fotos forem para realizar a venda de um veículo, nesse caso as fotos devem ser o mais real possível, podendo sofre sim algumas pequenas alterações no cenário… Mas é necessário que tenha em mente que você precisa ser honesto com o futuro proprietário.

Do que adianta esconder alguns pequenos arranhões da lataria e se pessoalmente o comprador irá ver isso e poderá lhe questionar: “mas nas fotos não tinha esses arranhões!” Dai até você se explicar, a venda já poderá ter sido perdida.

Agora vamos imaginar o mesmo carro com pequenos arranhões e o proprietário decide fazer algumas fotos para guardar de recordação. Neste caso, vale apena a edição das imagens para remover algum objeto como folha, bituca de cigarro ou reflexo.

MAS TOME CUIDADO, alterar muito a realidade as vezes poderá perder a essência do veículo, que na qual tem uma história a contar e principalmente ao alterar as cores do ambiente, evite destoar muito as cores do veiculo, porque imagine um carro azul e nas edições ele fica com tom de verde?!

Fotografando sempre em RAW

Para algumas pessoas, o nome do arquivo RAW pode soar como algo diferente ou bem estranho, mas o RAW (pronuncia-se Ró) é o Negativo Digital. Assim como a fotografia antigamente utilizava filme e posteriormente era revelado, na fotografia digital profissional utilizamos este formato.

A mágica acontece quando o sensor da câmera captura as luzes com um formato elétrico, desta forma o software da câmera irá traduzir esses sinais em cores específicas e que posteriormente irá gerar os pixels.

Sendo assim a imagem estará capturada e poderá sofrer alterações como contraste, saturação, nitidez e entre outras mudanças e é nessa hora que entra o famoso Photoshop que será responsável por efetuar a “leitura” da imagem e permitir um ajuste mais refinado da imagem e sem a perda de qualidade e cores.

Pois quando fotografamos em JPG, não é possível realizar as modificações com muita assertividade e qualidade, pois por se tratar de um formato universal, a cada edição de uma imagem em JPG as informações contidas nos Pixels será perdida, o que na imagem em RAW irá preservar a qualidade e você poderá em qualquer momento refazer as mudanças, sendo que no JPG é possível reverter as mudanças.

Desta forma ao fotografarmos em RAW, ganhamos a liberdade de editarmos as fotos à nossa maneira.

Mas e agora? Editar ou não editar?

A minha resposta frente essa pergunta é SIM, edite, porém com limites à realidade do contexto. Na fotografia automotiva é necessário que você faça todo um pré-ajuste antes como escolher o local, horário, lentes e técnicas que serão utilizadas na captura da imagem, para que na edição ou Pós edição você não precise utilizar muitos os programas e alterar a realidade.

Uma dica é sempre verificar o local e condições climáticas para a produção das fotos e o uso moderado de filtros e edições, para que a imagem não fique muito “artificial” ou altere muito a realidade ou até mesmo as cores do veículo.